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Campos de Cima da Serra: um novo e promissor terroir (As Boas Coisas da Vida)

14/05/2014

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Vinhedos situados acima dos 900 metros de altitude em relação ao nível médio do mar. Invernos longos e muito frios, com temperaturas por vezes negativas. Verões secos, com calor de dia e temperaturas amenas à noite. Lenta maturação das uvas, que concentra aromas e sabores na fruta. Solos calcários e argilosos com boa drenagem da água da chuva. Ventos constantes, secadores naturais das vinhas. Vocação natural do terroir para a fruticultura, comprovada pela intensiva produção de maçãs de alta qualidade (onde tem maçã, a uva vai bem).

 

Em linhas gerais, assim pode ser descrito um dos mais jovens e promissores terroirs da vitivinicultura brasileira – os Campos de Cima da Serra, na divisa dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. No município de Muitos Capões, a 30 quilómetros de Vacaria, a maior cidade da região, em território gaúcho, estão alguns dos melhores e mais bem conduzidos vinhedos de uvas viníferas das seis empresas que compõem este novo pólo vitivinícola, como os da Sopra e Aracuri.

O site As Boas Coisas da Vida participou, no início de maio, de uma degustação exclusiva de 17 rótulos de três vinícolas dos Campos de Cima de Serra (Sopra, Aracuri e RAR), em um jantar na fazenda da família Varaschin, que elabora os vinhos Sopra. Presentes, os produtores, seus familiares, e enólogos das vinícolas. No cardápio, especialidades da região, como o queijo do tipo Grana Padano, maçãs, pinhão, moranga, carne de cordeiro, azeite, vinagre, pães feitos com o trigo de grão duro e outras delícias.

Um verdadeiro banquete com os frutos dos Campos de Cima da Serra, escoltado pelos vinhos locais. Que já revelam personalidade própria: são elegantes no nariz e em boca, têm álcool moderado, bastante frescor, e notas minerais aparecem em alguns brancos. As castas mais cultivadas na região são as francesas Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay, Viognier, Sauvignon Blanc e Pinot Noir – com destaque para as duas últimas, em nossa degustação.

Os vinhos degustados (por ordem de entrada em cena)

 

Aracuri Brut Chardonnay 2013
Charmat curto (Segunda fermentação em autoclaves). Blanc de blanc, 100% Chardonnay. Fresco, leve, gastronômico.

Collector Blanc de Noir
Método Tradicional (Segunda fermentação na garrafa). Doze meses de autólise (interação do líquido com as leveduras mortas). Cinco mil garrafas. Primeiro lote: 700 garrafas. Estrutura e cremosidade marcantes.

Sopra 2013
Espumante degustado logo após a degola da garrafa e antes do licor de expedição. 60% Chardonnay e 40% Pinot Noir. Método Tradicional. Um ano de garrafa. Maçã verde no nariz e fineza aromática.

Sopra Chardonnay 2012
Branco delicado, fresco, sem passagem por barrica, com notável final de boca mineral. Nariz floral e uma deliciosa nota de lima em boca.

Sopra Chardonnay 2013
Metade do volume estagiou em barrica de carvalho de segundo uso, metade não passou por madeira. Untuoso, com notas de manteiga e baunilha em boca.

RAR Viognier 2011
Amarelo com reflexos dourados, 12 meses de passagem por carvalho francês. Nariz intenso de frutas de polpa amarela, acidez moderada, untuoso.

Aracuri Sauvignon Blanc 2013
Terceira safra. Sem passagem por barrica. Um SB de clima frio, sem a intensidade aromática dos similares de clima tropical, mais ao estilo europeu. Delicado, elegante, com pomelo em boca, e retrogosto mineral.

Aracuri Sauvignon Blanc 2014
Ainda não lançado comercialmente. Mais tipicidade (maracujá), em razão do verão muito quente – mas sem o caráter tropical extremo.

Aracuri Pinot Noir 2014
Ainda não lançado comercialmente. Deve permanecer por 6 ou 8 meses em barrica de segundo uso. Fresco, com cereja e morango em boca.

Sopra Pinot Noir 2014
Leve, cor rubi claro, fresco, com boa acidez, e passagem por barrica de terceiro uso.

RAR Pinot Noir 2012
Uma das primeiras vinícolas a apostar na caprichosa PN, tem hoje um bom exemplar desta cepa: fresco, com acidez marcante e frutas vermelhas no nariz.

Sopra Merlot 2012
A uva emblemática da Serra Gaúcha se adapta muito bem a este novo terroir. Um Merlot frutado, com muita ameixa em boca, acidez na medida, e marcante cor violeta.

RAR Cabernet Sauvignon/Merlot 2008
Com um ano de passagem por barrica, envelhece com muita classe este blend de 60% CS e 40% MT.

Aracuri Collector Cabernet Sauvignon 2010
Doze meses em barricas de carvalho francês. Sem o indesejável aroma vegetal, de pimentão verde, típico da CS colhida antes da hora. Redondo, macio.

Aracuri Reduto Merlot
Elaborado com uvas passificadas das safras 2010/2011/2012, que perdem 40% dos líquidos. Robusto, com 14% de álcool e caráter marcante. Apenas 1.288 garrafas. Só será lançado após a Copa.

Sopra Merlot 2013
Estágio de um ano em barrica, 70% do volume em carvalho francês de segundo uso e 30% em carvalho americano de primeiro uso. Suculento, com muita fruta, e bom potencial de guarda.

 

Site Oficial: http://asboascoisasdavida.com.br/vinho-campos-de-cima-da-serra-um-novo-e-promissor-terroir/

 

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